Recentemente, um estudo concluiu que as pessoas mais velhas têm menos stress no trabalho. No Reino Unido, apenas 12% pessoas com idades entre os 53 e os 71 anos acham menos expectável trabalhar sob enorme stress e pressão – contra 28% dos millennials.
Quando questionados sobre o impacto que esse stress teria na sua performance, 34% dos millennials acreditam que o stress tem efeitos na sua produtividade – ou seja, fariam melhor o seu trabalho se não estivessem sob pressão. Este fenómeno é mais raro nos trabalhos mais velhos, em que apenas 19% se sentem debilitados pelo stress.
Em parte, este stress pode dever-se à precariedade no trabalho. Muitos jovens estão ligados às empresas por contratos vulneráveis, que não lhes oferecem quaisquer garantias. A precariedade é um dos assuntos que mais afecta esta geração – que sente que trabalha demasiado por ordenados mais baixos do que os da geração anterior.
Por outro lado, os jovens têm mais necessidade de provar o seu valor. Ainda precisam de construir currículo, e não têm a mesma segurança, a mesma confiança nem a mesma experiência que os mais velhos. Mas também aqui a precariedade tem o seu efeito – perante contratos de trabalho curtos e as altas taxas de desemprego, sentem-se “dispensáveis”. A solução é provar o que valem, criando stress e press sob si próprios.
A verdade é que as estatísticas são alarmantes: um terço da população já teve pensamentos suicidas relacionados com a pressão laboral. O impacto do trabalho na nossa saúde mental é enorme. De certeza que conhecemos um colega que já teve de procurar ajuda psicológica ou psiquiátrica para lidar com o stress – quando não nos aconteceu a nós próprios.
A boa notícia é que parece melhorar conforme vamos envelhecendo. Embora não tenhamos um futuro laboral tão seguro e tão próspero como os dos nossos pais à nossa espera – fruto de um mundo cada vez mais competitivo – a confiança e a experiência que vamos ganhando preparam-nos profissional e psicologicamente para cada novo desafio.
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